sábado, 4 de outubro de 2008

Padres: mudanças nas paróquias

O Diário na sua edição de hoje, (sábado, 4 de Outubro) apresenta um trabalho da jornalista Rosário Martins sobre, a mudança de padres nas paróquias.

(...)"Comodismo" de alguns

A Calheta foi o arciprestado com grandes mudanças. Há muito que o padre Paulo Catanho vem fazendo notar ao Bispo que precisa de ajuda. Tem cinco paróquias a seu cargo: Ponta do Pargo, Amparo, Raposeira, Fajã da Ovelha e Paul do Mar. Não tem tempo para férias e faz uma 'maratona' aos fins-de-semana para alternar a celebração da liturgia nas paróquias. O colega dos Prazeres também tem três paróquias. O Bispo pediu-lhe "mais um ano de sacrifício" até encontrar uma solução. O também ex-secretário do anterior Bispo aceitou. Nota que D. António Carrilho difere do seu antecessor pelo facto de dialogar com o clero sobre as mudanças antes de consumar decisões. No entanto, há resistências e comodismos. "Julgo que o senhor Bispo foi confrontado com uma realidade que talvez não pensava encontrar. Na prática, viu pouca disponibilidade de certos padres que não querem ter muito trabalho até porque já estão acomodados às suas paróquias", afirma o jovem pároco da Ponta do Pargo.

Paroquianos queixam-se Um recanto longínquo da Madeira onde cresce o desemprego e em contrapartida aumenta o trabalho precário na construção de túneis, onde faltam algumas estradas agrícolas e sentido de solidariedade e de partilha da própria comunidade.

Na Lombada dos Cedros, freguesia da Fajã da Ovelha, o padre Paulo Catanho é amparado pela população. "A gente quase que não o vê na Raposeira. Ele não pode 'vencer' tanto serviço e a gente também precisa de tratar dos nossos assuntos e alguns deles não podem esperar. O senhor Bispo já tinha tempo de resolver este problema." O Reis, proprietário da mercearia com o mesmo nome, é da mesma opinião. "É um bom pároco mas é muito trabalho para ele", afirma, defendendo ainda "as estradas agrícolas que estão por construir e que já foram faladas há mais de dez anos." Como na Ponta do Pargo, há outras paróquias cujos padres estão sobrecarregados de trabalho. (...)
Fonte: Diário de Notícias
Pode ler tudo aqui.
Imagens: Diário

2 comentários:

Anónimo disse...

Para reflectir (e abrir bem os olhos):

De 1976 a 2000, a Região criou uma dívida, na ordem dos 550 milhões de euros, que foi assumida pelo governo socialista do engenheiro Guterres. Entre 2000 e 2008, num espaço de oito anos, a Região tem uma dívida que se aproxima dos 3.000 milhões de euros. Quase seis vezes mais...

Anónimo disse...

O que é que isto tem a ver com padres???