quinta-feira, 30 de maio de 2013

"O colapso da ILMA"

Hoje ao ler o DIÁRIO DE NOTICIAS, na pagina Cartas do Leitor, uma carta que pelo titulo chamou à atenção e o seu conteúdo também vale a pena ler.

Durante muitos anos a ILMA foi uma indústria que alimentou muita gente. Nos anos oitenta havia uma produção diária de leite em natureza de aproximadamente 25000 litros, nessa altura havia muita gente que trabalhava na agricultura e tratava uma vaquinha no palheiro para obter algum adubo para a terra e tirar alguma rentabilidade com a venda do leite. Havia vários postos de concentração por toda a ilha (Fajã da Ovelha, São vicente, Tabua, São Jorge, Santana e ainda as vacarias do Caniço e Camacha) que tinha como finalidade receber o leite da e refrigera-lo para depois ser transportado para a ILMA em camiões cisterna para que o leite pode-se ser tratado e transformado em manteiga queijo e iogurte. Nessa época a ILMA em conjunto com a união de cooperativas de lacticínios dava trabalho a uma grande quantidade de trabalhadores por toda a ilha que ultrapassava os 300 trabalhadores distribuídos por várias áreas, motoristas, mecânicos, empregados de escritório, ajudantes de motoristas, analistas, vendedores, operários, eletricistas, etc. 
Na verdade é que nessa altura para além de gerar bastantes postos de trabalho a ILMA era uma empresa rentável mesmo sem subsídios da CEE. 
Mas no ano de 1986 Portugal passa a fazer parte da CEE e começa a haver subsídios para as industrias alimentares através do POSEIMA que dava uma grande ajuda para a compra de matérias primas (leite em pó, manteiga, queijo) razão pelo qual saia mais barato comprar leite em pó do que tratar o leite em natureza passou a haver muito dinheiro a entrar de subsídios quer da CEE, quer do governo, através de apoios comunitários para a modernização dos equipamentos.
Claro que esses subsídios um dia acabariam e alguns senhores que pertenciam à administração viviam á grande é a francesa, era carros de top gama para os senhores administradores viagens e varias mordomias. Só que a crise chegou à Europa e os subsídios começaram a diminuir e o governo deixou de pagar, e a ILMA também deixou de poder pagar os seus fornecedores, por sua vez os fornecedores passaram a exigir pronto pagamento. 
Hoje a ILMA esta devendo dinheiro aos trabalhadores, aos bancos e encontra-se num buraco de cerca de seis milhões de euros. 
Esta á espera dum milagre para sair do buraco que alguns senhores a deixaram, à espera que o governo volte a dar dinheiro para poder tapar o buraco que os tais senhores deixaram.
Pena que neste pais não se faça justiça para poder julgar alguns senhores, para poder perguntar a esses senhores que estiveram lá. O que fizeram aos milões de euros que foram injetados na ILMA.

Fonte: Diário

1 comentário:

Manuel Fernandes disse...

Nao deveria ser so na ilma .