Orçamento da Calheta 'sem' oposição

Não foi por unanimidade, mas não teve oposição. Ou seja, foi por maioria com a abstenção da oposição a aprovação do Orçamento e Plano para o Município da Calheta.

Apesar do 'corte' de dez milhões na previsão orçamental para 2009 e dos reparos apontados pela minoria na Câmara da Calheta, o Orçamento e Plano para 2009 acabou por ser aprovado sem oposição. Isto porque os dois vereadores do CDS-PP não votaram contra os documentos de gestão autárquica, optando antes por se absterem, a exemplo do que já é habitual acontecer neste Município. Os previstos 18,3 milhões de euros de Orçamento e o consequente Plano de Actividades acabaram assim por ser, como era esperado, aprovado, com os votos favoráveis dos cinco autarcas eleitos pelo PSD.

Apesar da significativa redução nas previsões de cabimento orçamental, que representa uma descida de um terço dos valores comparativamente a este ano, o presidente da Câmara rejeitou que mesmo assim haja o 'habitual' empolamento, embora tenha admitido: "Tentamos empolar o mínimo", disse Manuel Baeta aos vereadores presentes nesta última reunião do ano. O líder da oposição, Martinho Câmara, lamentou aquilo que considera ser um manifesto desinvestimento camarário no mais extenso Município da Região. "Gostaríamos que houvesse um investimento maior", apontou o autarca 'centrista'. Baeta contrapôs, apontando como alternativa, as obras previstas pelo Governo Regional e pela Sociedade de Desenvolvimento Ponta do Oeste. Em suma, o chefe do executivo calhetense sustentou que "este Orçamento é o melhor para este Concelho". Como tal, a aprovação pelo PSD era já um dado adquirido.

Na oportunidade foi também apresentada como proposta de Orçamento para a Empresa Municipal, um valor global a rondar o milhão e meio de euros. PSD e CDS-PP mantiveram a votação, acabando por ser aprovada por maioria com o 'nim' da oposição.

Fonte: Diário de Noticias