Temendo um tratamento desigual, Sérgio Faria não baixou os braços e a 19 de Junho entregou o dossier para apreciação ao provedor de Justiça. Ainda não obteve resposta, o provedor está a analisar o caso, vai ouvir o Governo e a Câmara da Calheta. O empresário, que passou o negócio da residencial dos Prazeres, também quer ouvir a Câmara e o Governo e voltou a enviar cartas, numa delas solicita uma audiência com a secretária do Turismo, Conceição Estudante. Empatou dinheiro, dedicação e sonhos e, por essas razões, não vai desistir do projecto do hotel.
Na Câmara da Calheta, Carlos Teles, vereador, garante que não haverá tratamentos especiais para ninguém. "O que foi dito para o projecto de José Berardo é o mesmo que se aplica ao projecto do senhor Sérgio Faria. Ou seja, é necessário apresentar um plano de urbanização antes de se pensar em construir um hotel". O autarca reconhece que a Câmara está interessada no investimento para o concelho, mas lembra que só quer projectos de qualidade. "As regras serão as mesmas para todos, terão que obedecer ao que está disposto no Plano Director Municipal e serão cumpridas". A propósito do projecto do hotel de Sérgio Faria (o que chegou a ser anunciado nos jornais como um investimento e fonte de emprego), a autarquia faz questão de sublinhar que quem chumbou o projecto não foi a Câmara, foi o Governo Regional. "Julgo que o empresário em causa não deve colocar o carro à frente dos bois, deve ter calma e esperar".
Fonte: Diário de Noticias
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Hotel quatro estrelas, pode surgir na Fajã da Ovelha
Sérgio Faria comprou os terrenos aos poucos. Tinha o sonho de fazer ali, naquelas arribas da Fajã da Ovelha, um hotel de quatro estrelas. De princípio, pensou que seria assunto rápido, pediu autorização e informações prévias na Câmara da Calheta e no Governo Regional. Nada a opor, pouco antes das eleições regionais de 2004, surgia a notícia de um quatro estrelas para a Fajã da Ovelha. O empresário, que na altura geria uma residencial nos Prazeres, acreditou que mais um ano, dois no máximo, estaria a receber clientes na nova unidade hoteleira. Puro engano. Um mês após as eleições foi informado de que não era possível dar seguimento ao projecto, a construção de hotel na zona violava o Plano Director Municipal (zona verde) e entrava na área do domínio público marítimo. Inconformado, Sérgio Faria pediu explicações, enviou cartas para todos os serviços, para a Secretaria do Turismo, para a Câmara da Calheta e, até, para a Presidência do Governo. Não teve resposta.
Mais ou menos pela mesma altura, abriu-se uma disputa com um vizinho por causa do acesso aos terrenos. O caso seguiu para tribunal, obrigou a cortar o acesso e ressuscitou o uso de veredas e levadas antigas. Enquanto Sérgio Faria tratava destas questões com juízes, advogados, com testemunhas a favor e contra, José Berardo tornava públicas as intenções para a Fajã da Ovelha. As notícias foram crescendo até que, em Junho passado, foi apresentado o plano do comendador para a zona, em terrenos próximos aos de Sérgio Faria.
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